O que uma segunda vida nos pode fazer

Há coisa de cinco meses e meio entrei numa aventura que na altura me pareceu inofensiva: Second Life®.

Com a desculpa duma semana dedicada aos Da Weasel, entrei naquilo que me pareceu uma fuga perfeita àquilo que se tinha tornado minha vida: um rodopio de entradas e saídas na minha vida, uma busca (incessante) do amor, da felicidade, da aceitação por parte dos outros... Aqui, podia ser como queria: linda, fantástica, magra, popular e acima de tudo, afastar-me de relações, sentimentos e tudo o que me pudesse magoar...

No inicio bem me disseram que não conseguiria fugir disso. Afinal, por trás dos bonecos (avatares) estão pessoas bem reais, que sentem, amam, odeiam..têm sentimentos...são humanos. Não quis acreditar e decidi pagar para ver.

É facílimo deixarmo-nos levar pelos cenários ídilicos, pelos ambientes românticos, pelas variedades de bolas que comandam os bonecos (tendo animações que fariam corar até o Zézé Camarinha...), pelos bonecos perfeitos.... enfim...pelo mundo perfeito.

E quando passamos cá para fora o que se passa lá dentro?! E quando conhecemos as pessoas que estão por trás dos bonecos?! E quando certos sentimentos são transportados para dentro e para fora do computador?! Há um turbilhão de emoções... O "jogo" trouxe ao de cima o meu pior (o que me assustou) e só te tenho a pedir desculpa!

Decididamente não tenho pontaria para o amor... Mais uma vez vou ter de arranjar forças para me levantar e seguir em frente...

p.s.: a minha boneca linda! :p