terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Polsk Sugar

Quem é atento às noticias e/ou costuma ir às compras reparou que há duas semanas começou a grande crise do açúcar. Certo dia demanhã alguma media nacional dava a noticia alarmante que o açúcar ia deixar de ser produzido até ao final do ano e que, muito provavelmente, o seu preço iria subir drasticamente em 2011. Obviamente, esta noticia tão alarmantemente dada teve o resultado esperado.Nunca tinha visto tamanha correria ao açúcar. Ainda para mais nesta altura em que tanta falta faz nas cozinhas portuguesas...
Todas as cadeias de distribuição alimentar colocaram restrições à compra de açúcar. Todas excepto o sítio do costume... Desde logo ficou definido que, ali, cada cliente poderia levar o número de pacotes que quisesse (sempre fomos muito simpáticos e olhamos apenas pelo bem estar dos nossos clientes).
Até aqui tudo bem. O problema foi que na semana passada o problema já estava mais ou menos resolvido. Afinal tudo não tinha passado de especulação e a refinaria de Santa Iria da Azóia até estava a trabalhar num bom ritmo... No entanto, no sítio do costume que me é familiar as vendas de açúcar tinham caído abruptamente. E não é que não houvesse açúcar. O problema foi que... a embalagem mudou e o cliente não reconhecia aquela embalagem como pacote de açúcar... Ora se o dito invólucro tem inscrito no seu topo "Polsk sugar" como é que as pessoas iam adivinhar que aquilo, escrito em estrangeiro (poláco, só para que saibam) era açúcar?!?!?!
Mas o que me leva a pensar... Será que esta crise toda acabou com o açúcar nacional? Ou, ao comercializarmos produtos, neste caso, polacos, estamos a ajudar bastante a economia portuguesa? Confesso que não percebo, mas começa a assustar-me a invasão de produtos polacos que o sitio do costume está a permitir...
Tenho dir à Bedronka ver se por lá se comercializa açúcar SIDUL, iogurtes do sitio do costume ou Maçãs de Alcobaça... Como me disse uma senhora de origem oriental muito simpática no outro dia: "Vocês têm coisas tão boas porque é que vão buscar produtos cheios de hormonas e porcarias que tiram o valor todo às coisas?"

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

M*** de feitio

Não tenho um feitio fácil, eu sei. Tenho consciência de tudo o que faço e digo. 99% das vezes arrependo-me logo de seguida, mas não me consigo controlar. Raios!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O país das mobilidades especiais

Durante 3 anos da minha adolescência privei de perto com uma pessoa com deficiência motora e, talvez por isso, tenha ficado mais desperta para os problemas que os deficientes (sejam eles motores ou visuais) enfrentam todos os dias, quando têm que se movimentar nas nossas cidades.
Andar nas ruas da nossa cidade com esta minha amiga transformava-se, por vezes, em autênticos pesadelos e convinha não termos que atravessar muitas ruas. Andar de comboio também era uma aventura. Penso que nunca fiz parte dessas aventuras (pelo menos não me recordo). Mas lembro-me de ela contar que uma vez tinha ido à Estação do Oriente de comboio é foi uma "tourada" para conseguir sair do comboio, pois a plataforma está muito mais baixa do que o degrau do comboio.
Infelizmente estas são umas constantes no dia-a-dia de quem tem nas rodas duma cadeira as suas pernas, ou numa bengala os seus olhos. Os passeios não rebaixam nas entradas e saídas das passadeiras, os carros continuam a estacionar nos passeios, os transportes públicos continuam a não estar devidamente equipados para transportar, os elevadores insistem em não funcionar...
É precisamente por causa deste último ponto que estou para aqui a escrever. Existir um elevador funcionável pode fazer a grande diferença entre poder ir ou não poder ir.
Há cerca de 15 dias fui de metro até ao Oriente e na mesma carruagem estava uma senhora com um carrinho de bebé. Quando chegou a hora de subir para o andar de cima havia duas hipóteses: elevador ou escada. O facto do elevador estar avariado facilitou a escolha, no entanto e exceptuando um senhor simpático, ninguém parou dois segundos para ajudar a senhor a carregar o carrinho de bebé para subir aquele lanço enorme de escadas. Se em vez de ser um carrinho de bebé (relativamente leve) fosse uma cadeira de rodas com uma pessoa adulta lá sentada, gostava de ver qual seria a solução dada ao problema. Hoje, voltei a ir de metro até ao Oriente e como ia numa das carruagens mais atrás, deixei a confusão das pessoas apressadas passarem fui ficando para trás. Olhei para o tal elevador e eis a novidade: continua fechado para manutenção. E pelos vistos está assim já há algum tempo, pois o grande aviso colado na porta está cheio de frases simpáticas para com o Metropolitano de Lisboa.
Será que custa assim tanto proporcionar a TODOS os cidadãos uma melhor qualidade de vida nos nossos espaços públicos?

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pequenada

Não sei o que aconteceu hoje. Há dias em que, por alguma conjuntura estranha, juntam-se no sítio do costume uma multidão de pequenada. Até aqui tudo bem, não fossem os gritos, os pulos, as correrias, as birras, o choro... Hoje foi um desses dias. Desde o "oh mãe, queeeeeeeeeeeerooooooo um brinquedo!!!!!!!!!!!!!!", às birras inexplicáveis, houve de tudo naqueles poucos metros quadrados...

Decididamente, não tenho paciência para putos mal comportados!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lua

A lua tem 4 fases: nova, crescente, cheia e minguante. Costuma-se ligar as fases da lua com os ciclos da vida: nascemos; crescemos fisicamente e a nível de experiências; atingimos a plenitude; e, a partir  duma certa altura, começamos a minguar, perdendo algumas capacidades físico-motoras (a chamada velhice).
Não sei porque estou a fazer este paralelismo. Talvez seja uma forma simpática de dizer que neste momento não me sinto numa lua cheia. Queria sentir que tudo está bem. Não sei sequer se isso é possivel. Talvez os sonhos invadam demasiado o meu pensamento e eu queira passar para a minha vida tudo o que sonhei um dia...Se calhar é isso que não me deixa viver na plenitude daquilo que tenho. Se calhar é o facto de não ter um trabalho bem remunerado. Se calhar é a magoa de não conseguir fazer aquilo que gosto e para o que estudei durante 4 anos. Se calhar a minha vida é uma m*$%" e eu não consigo sair daqui.
Viver imaginariamente num conto de fadas não ajuda em nada na vida real que se tem de viver!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pensamentos

Apesar de ter tido um dia fantástico, as palavras que ouvi ontem ainda batem aqui dentro.
A aparente felicidade dos últimos dois anos esconde uma profunda desilusão, tristeza, depressão. Às vezes gostava de poder nascer de novo e poder alterar algumas escolhas que fiz. Acho que iria alterar bastantes... A maior delas todas seria não estar numa caixa dum supermercado. Sim, ainda posso mudar isso, é verdade. Mas não vou estar a fazer o que gosto: História! 3 anos de licenciatura e 1 ano de pós-graduação para nada! Ilusões, sonhos, esperança que as coisas mudassem no nosso país... mas não passou disso mesmo! Hoje dou por mim com uma "calhamaço" ao lado. A mais recente História de Portugal. Leio, sublinho, risco, escrevo. Para quê? Não sei. Mas sinto necessidade de fazer estes gestos. Inventei um plano de fazer a minha árvore geneológica apenas para voltar a sentir o cheiro do arquivo, do livro velho e manuseado, mas voltar a estar minutos infindáveis à espera que me entreguem o número exacto do volume do livro que preciso.
Talvez um dia conte a nossa História aos meus sobrinhos, aos meus filhos, aos meus priminhos mais pequeninos e assim matar as saudades do que tanto gosto.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mais uma estrela no céu e a recordação de D.

Esta noite o céu ganhou mais uma estrela. Infelizmente. António Feio perdeu a luta contra o cancro no pâncreas e deixou-nos mais pobres.
Fiquei triste e a noticia recebida à hora de ir dormir incomodou-me.
Foi uma luta à qual todos nós assistimos. Fez questão de não se esconder, de não desistir e ainda teve força para transmitir uma mensagem positiva a todos nós.
Não sei porquê mas, depois, deitada na cama só uma imagem me invadia o pensamento.
A minha infância foi repartida entre Alverca e a aldeia dos meus pais. Aí nunca tive amigos que não fossem a família (e mesmo assim...). Mas havia uma menina que morava perto dos meus avós maternos. Ela era amiga da minha prima Sandra e inevitavelmente era com ela que brincava muitas vezes. (Lembrei-me agora das sopas de laranja que fazíamos...deliciosas por sinal!! hehe) Por circunstâncias que nunca soube muito bem, os pais mudaram de casa, de rua, e nós deixamos de nos encontrar tanto, mas sempre que me via falava-me muito bem. Tinha uma irmã mais nova, penso que da idade da minha irmã. Bem, essa menina era mais velha do que eu e hoje deveria ter uns 29 anos, talvez. Depois de um emagrecimento repentino e de vários exames, foi-lhe diagnosticado cancro. Eu estava longe, sem grande proximidade entre ambas, tudo o que ia sabendo dela era pela minha prima ou pela minha mãe. Um dia, quando lá estava de visita aos meus avós a minha mãe entra pela casa adentro a diz: "A D. está ali no posto médico. Não lhe vais lá falar". Por estúpido que possa parecer tive medo. Tive medo de encarar a realidade. Mas enchi-me de coragem e fui. Tremi quando a vi de lenço na cabeça. "Bolas", pensei eu, "que raio de vida é esta. Esta miúda é tão nova! Porquê?" Mal sabia eu que era a última vez que a via. Deixou-nos passado pouco tempo.
Ontem, depois de saber do António Feio só me conseguia lembrar dela.


Onde quer que estejam descansem em Paz!
E nós, os que cá ficamos, nunca nos esqueçamos destas palavras do António!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Vida

A vida podia ser mais fácil. Menos complicada. Sem tantas preocupações. O dinheiro podia valer muito menos do que vale. Os nossos sonhos podiam tornar-se realidade. A vida devia ser um sonho e o sonho devia ser a vida.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Reportagem na Visão

Hoje de manhã deparei-me com uma bela surpresa (um dos poucos momentos bons que tive durante o dia). Ao substituir as revistas do dia pelas da semana passada, uma das "chamadas de capa" da revista Visão fez-me parar por uns momentos. "Interior deserto. A morte lenta de Arraiolos". Claro está que durante o dia todo não pensei noutra coisa senão ler o artigo. Mas como no sitio do costume não posso fazer leituras oportunas, tive que me aguentar até à hora de saída e ir a correr comprar a revista e mal cheguei a casa bebi toda uma reportagem magnificamente escrita pela jornalista Teresa Campos. Conhecendo eu aquela realidade, revi aquela gente em todas as linhas das 4 páginas que constituem a reportagem, os seus problemas, as suas angústias, e a revolta em, por exemplo, só terem médico uma vez por semana e quando têm...
Como não podia deixar de ser, o problema dos tapetes de Arraiolos também foi mencionado. Lembrei-me do projecto que deixei para trás. Queria ajudar, mas a vida já deu tanta volta... talvez um dia esqueça os problemas do sitio do costume e me agarre ao projecto e ajude aquela gente a preservar o que de belo têm: os tapetes!
Uma reportagem a não perder na Visão desta semana!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Errado?!

Será errado olhar para o passado e ver que nada mudou? Será errado pensar que se podia ter melhor? Será errado pensar que foi-se muito apressado ou ponderar se se fez a escolha certa? Será errado ler coisas e ficar-se invejosa querendo que aquelas mesma palavras nos fossem dirigidas? Será errado repensar toda uma vida e chegar à conclusão que era melhor nunca ter saído do ventre da mãe? Será errado pensar que a vida pode ser muito melhor com muito menos stresses e problemas por nós próprios criados? Será errado gostar que nos oiçam, concordando ou não connosco?
É errado haver fantasmas a nos atormentar.
E é errado pensar!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Tempo

Hoje dei por mim a olhar para um casal de velhinhos. Não eram daqueles casais que não se podem ver nem ouvir. Nutriam carinho um pelo outro. Compreendiam-se. Duas imagens passaram-me rapidamente pela cabeça. A primeira foi a dos meus avós maternos. São eles que me fazem acreditar no amor eterno, no "felizes para sempre". Casados há mais de 50 anos (arrisco que já deve rondar os 60 anos), nunca os vi discutir de forma mais ríspida, muito pelo contrário. Quando a minha avó começava a desbaratar, era o meu avô que lhe dava sempre razão só para ela se calar. :) Mas a doença apoderou-se da mente do meu avô e a única coisa que hoje consigo ver é um amor imenso por aquele homem que lhe deu três filhos e que durante tantos anos a fez feliz.
A outra imagem que me veio à cabeça foi o medo que tenho do sentimento de perca, do "nunca mais te vou ver". É complicado expressar isto em palavras sem ser muito dramática... Um dia perguntei se me ias amar da mesma maneira quando fossemos velhinhos  e tu disseste que sim. Hoje eu rezo todos os dias para que cheguemos os dois a essa idade, juntos e a amarmo-nos da mesma forma.

Amo-te!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

The perfect world

Sem álcool, sem stress, sem stress, sem parvoíces, sem "eu é que tenho razão", sem "eu é que sou o centro do universo e tudo deve girar à minha volta", sem o "se morrer, morro feliz", sem todas estas m**** que me lixam o juízo todo o santo dia e me faz querer desaparecer e desejar uma vida diferente.

domingo, 11 de abril de 2010

Uma noite atribulada

Uma saída a 4 e o problema do costume: que filme vamos ver! Nestas coisas há sempre alguém que fica a perder, mas penso que neste caso ganhamos todos, pelos menos algumas dores nos músculos faciais de tanto rir durante 1h40min, mais coisa menos coisa.
"Uma noite atribulada" conta a história dum casal... hehe!! não vou contar a história, não senhora!! Mas aconselho-vos vivamente a ir ver no cinema mais próximo. Já não me ria assim num filme há algum tempo e ainda agora me desmancho toda só de relembrar algumas cenas! Simplesmente fantástico. E acho que não é preciso mencionar que um dos actores é Mark Wahlberg e que sempre que aparece está em tronco nú! loooool! Isto é só um chamariz prás meninas! :P

Ficha técnica:
Realização: Shawn Levy
Interpretação: Tina Fey; Steve Carell; Mark Wahlberg; Ray Liotta; Mila Kunis; Mark Rufallo; James Franco, entre outros.
Argumento: Josh Klausner
Sinopse: Claire e Phil Foster são um casal suburbano que se arrasta no seu dia a dia e casamento. Até as suas "noites de saída" para jantar e cinema, se transformaram numa rotina. A fim de reacender a chama marital, visitam um bistro Nova-iorquino da moda, onde um caso de identidade trocada os precipita pela cidade a velocidades alucinantes, numa aventura sem descanso. Lembrando-os do que os tornava tão especiais juntos, Phil e Claire defrontam um par de polícias corruptos, um mafioso de alto gabarito - e um taxista louco - à medida que a sua saída se transforma numa noite que nunca irão esquecer.


Podem ver o trailer aqui.

terça-feira, 16 de março de 2010

Férias!

Pois é. Chegou aquele dia fantástico em que esquecemos tudo, por uns dias. As tão esperadas férias. O descanso do guerreiro...
Este ano, e por iniciativa do meu namorado, decidi fazer uma das viagens dos meus sonhos: Londres!! Sempre quis ir a Londres, respirar Londres, ver como é uma cidade enorme e cosmopolita, cheia de História em cada esquina. E devia estar contente por ir até lá. E estou. Mas por outro lado, uma tristeza enorme invadiu-me o coração e a alma. Deixo a minha mãe bem, mas no hospital a recuperar duma operação chata. E deixo cá a minha grande companheira de parvoíces, a minha cúmplice, a minha menina. Está-me a custar horrores. Óbvio que temos que fazer a nossa vida e é impossível estarmos sempre juntas mas...
Vais lá andar comigo, paixão! ;) E um dia vamos só nós ou nós e os nossos meninos! :D

Adoro-te!*****

sábado, 6 de março de 2010

Sem título, porque não há título que intitule esta cabra

Estou farta de putas invejosas que a única coisa que sabem fazer é armarem-se em boas para se poderem evidenciar perante os outros. Estou farta de ter de me calar e fazer tudo como uma boa menina. Estou farta de ser politicamente correcta, a moça correcta que tem sempre um sorriso na cara e está sempre tudo bem. Estou farta daquele ninho de cobras, onde fazem tudo para passar por cima dos outros.
Um dia mando aquela gente, e principalmente aquela cabra, prá merda. Hoje foi quase esse dia.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Estado de espírito

deceção (èç)
s. f.
1. Ilusão perdida.
2. Desapontamento.
3. Malogro de uma esperança.
4. Desilusão.
 
 
frustração
s. f.
Acto!Ato ou efeito de frustrar.

frustrar
v. tr.
1. Privar (a outrem) do que espera com fundamento.
2. Iludir.
3. Baldar, inutilizar.
v. pron.
4. Ficar sem resultado.
5. Malograr-se.
6. Inutilizar-se.
 
esgotar
v. tr.
1. Vazar ou beber até à última gota.
2. Pôr em seco; pôr a escorrer; gastar, consumir; acabar com; dar cabo de.
3. Tirar quanto há em.
4. Dizer a última palavra sobre.
v. intr. e pron.
5. Secar-se.
6. Ficar exausto.
7. Extenuar-se; perder a força, a vitalidade, etc.
8. Dissipar tudo; gastar-se.
 
fonte: http://www.priberam.pt 
 
Há dias que sinto tudo isto, ao mesmo tempo. Hoje é um desses dias. 
Há dias em que não sinto nada disto. Há algum tempo que esses dias não vêem...
Há alturas em que dá para disfarçar, mas por vezes torna-se complicado não dizer tudo o que me vai na alma. Mandar tudo e todos para o alto é algo que não posso fazer.
 
Depois dum fim de semana fantástico, o normal seria eu estar revigorada e que nada me fizesse perder a calma. Mas a verdade é que só o acto de me levantar da cama de manhã cedo para ir trabalhar me chateou. Se pudesse, tinha feito o tempo para no domingo à tarde. Não posso. Se pudesse, amanha não punha os pés no sitio do costume. Não posso.
 
E vou continuar, sem vontade de vestir a farda, de meter um sorriso na cara quando tudo me chateia, de me levantar de manhã cedo, de ver, ouvir e falar sempre com as mesmas pessoas. Enfim, de viver esta vida que não quero para mim e que não consigo mudar! A frustração está a ganhar espaço...

domingo, 31 de janeiro de 2010

Sonhos desfeitos vs Aprender a viver

Ontem tive uma prova de fogo. O chão fugiu-me debaixo dos pés, confesso. Mas continuo a amar-te da mesma maneira ou mais ainda! :D

domingo, 10 de janeiro de 2010

A Aldeia

Há 26 anos que aquela aldeia é a minha segunda casa. Desde sempre que me habituei a ver aquelas pessoas como meus "vizinhos" e desde sempre que sou a neta de Lisboa do "Ti Z.G.". Nunca me importei. Odiava que me chamassem "menina da cidade", talvez porque sempre me tenha visto mais como uma "menina do campo". Sempre me orgulhei de dizer que ia para a terra nas férias, que sabia de onde vinham os pintainhos, de ter dado biberão a um borrego, ou de, num verão, ter andado num tractor a dar palha às vacas que o meu tio (que saudades, tio!!) guardava.
Mas as coisas foram mudando e o tempo que passava na aldeia começou a ser cada vez menos. Hoje em dia, infelizmente, raramente lá vou e parece que cada ida mostra-se uma nova descoberta.
Aldeia no interior alentejano, marcado pelo êxodo dos anos 70. Sempre a conheci com uma população envelhecida, mas activa. Agora, parece que todos os meses morre um habitante e aquela que outrora tinha vida, parece estar cada vez mais vazia. Tenho pena. E tenho pena de não conseguir passar lá mais tempo. Pode ser que um dia, quando tiver dinheiro, consiga comprar lá uma casa para poder ensinar aos meus filhos tudo aquilo que a minha família me ensinou.